Depois de perder o posto da segunda maior mineradora do mundo a Vale tenta contra-atacar

No entanto, como a fórmula para isso é muito parecida com a que a Rio Tinto, a segunda maior mineradora do mundo está usando, é possível que o retorno não seja assim tão fácil.
Concentrar no core business, otimizar, expandir os projetos-chave, investir e solucionar problemas logísticos, vender ativos desinteressantes, solucionar problemas que afetem a sua imagem pública. Etc..etc.. Tudo isso está, também, na cartilha do Sam Walsh o CEO da Rio, que por sinal, está fazendo um excelente trabalho depois do desastre do último CEO.
A briga vai ser boa. A Vale tentando focar reduziu o seu orçamento anual de 2014 para US$14,8 bilhões. A Rio está furiosamente em busca de uma otimização de tamanho mundial. Vendeu inúmeros ativos, se capitalizando e fortalecendo para investir nos seus projetos, expansões e em possíveis aquisições.
O que não ajuda a Vale é a performance de suas ações que estão em um patamar baixo nos últimos 3 meses quando perde em lucratividade para a Rio Tinto. As vendas de ativos, negociações de dívidas e cortes de custos já impactaram os números de 2013. Para recuperar a posição de segunda maior a Vale terá que fazer bem mais do que isso. É preciso aumentar a produção e aproveitar o bom momento da China para vender mais minério de ferro. No entanto a produção estimada para 2014 é de apenas 1,96% acima da de 2013. Qualquer atraso ou problema nas minas o faturamento ficará abaixo do programado.  
Onde estão os investimentos em metalurgia? Se a Vale estivesse investindo em plantas metalúrgicas mais baratas de gusa níquel ela poderia neutralizar o estrago que os chineses estão fazendo na sua divisão de níquel. O mesmo no que diz respeito ao minério de ferro. Por que a mineradora não adiciona valor e investe maciçamente em metalurgia do aço e do ferro? Será que o modelo da Vale é ficar SEMPRE como uma fornecedora de matéria prima sem o mínimo valor agregado?